Monólogo III
Ela coloca a chave na porta. Vira a maçaneta e entra. Joga a chave na mesa. Acende a luz do abajur e senta-se ao sofá. Acende um cigarro. Dá uma tragada longa e demorada.
- Sabe... Vendo agora, acho que estou mesmo contente com isso. Não sei como falar...
Talvez, sei lá. Alívio. Isso, essa é a sensação. Parecia que eu estava acorrentada e jogada no mar... Sufocando.
Ah... Sim. Agora, vou fazer o que realmente quero. Ele, provavelmente, diria: "Tira essa roupa molhada, senão você irá se resfriar." E daí. Não me importo com isso. Não mais, agora! Quero é me sentar e apreciar a porra do meu cigarro.
Além do que. Que porre ele era. Olhando melhor... Ele era muito chato, puta que pariu! E não tinha lá um beijo muito gostoso. hahahahaha...
Porra, esse já é o quinto cigarro. Se continuar assim, vou ficar viciada de vez. Ah, foda-se. Só por hoje. Agora, finalmente, vou comemorar. O início. O verdadeiro motivo por eu fazer tudo o que fiz. O início.
Ela levanta-se, vai até a estante. Pega uma garrafa de vinho, uma taça e enche-a. Ergue-a no alto e proclama.
- A mim!!!!
Apenas vários textos de um jovem artista sonhador e apaixonado. por Antonio Amador.
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
monólogo 2
Monólogo II
Ela pensava, refletia e meditava. Sempre andando, indo de volta para sua casa. No caminho, passava pela praça que havia passado a infância.
Senta-se no balanço, que brincava, e começa a dar leves balançadas, olhando para o chão.
Olhar vazio esse, seu foco não era o chão. Via longe, além do seu par de olhos parecidos com a negra noite que lhe cercava.
- Como... Como eu irei fazer isso...
Agora eu destruí tudo que tinha feito... Que imaginei que era tudo para mim e bom.
Tenho, melhor, necessito recomeçar...
Encontrar, finalmente, o amor que sempre sonhei ter e nunca o vivi.
Pois aqueles que vivi eram, na verdade, ilusões...
Claro, eram doces, mas, ainda assim, mentiras. Nada além disso, mentiras.
Levou as mãos ao rosto, cobrindo-o e sentiu as lágrimas tocarem-na. Chorava.
- Por quê? Por que estou chorando... Será que eu fiz a coisa errada?
Ou então...
Então, uma gota toca os seus cabelos. Depois outra, mais uma e até que ela percebeu a chuva.
Chuva caindo e a dúvida indo embora.
- Sim... Fiz sim. Agora percebi. Tenho que confiar em mim mesma. Sei que conseguirei o que quero. Não preciso mais dele. Só de mim.
Enxugou as lágrimas com as mãos e voltou a se molhar. Agora, só com chuva para lavar sua alma e começar tudo.
Agora, como sempre quis. Só para ela!
Ela pensava, refletia e meditava. Sempre andando, indo de volta para sua casa. No caminho, passava pela praça que havia passado a infância.
Senta-se no balanço, que brincava, e começa a dar leves balançadas, olhando para o chão.
Olhar vazio esse, seu foco não era o chão. Via longe, além do seu par de olhos parecidos com a negra noite que lhe cercava.
- Como... Como eu irei fazer isso...
Agora eu destruí tudo que tinha feito... Que imaginei que era tudo para mim e bom.
Tenho, melhor, necessito recomeçar...
Encontrar, finalmente, o amor que sempre sonhei ter e nunca o vivi.
Pois aqueles que vivi eram, na verdade, ilusões...
Claro, eram doces, mas, ainda assim, mentiras. Nada além disso, mentiras.
Levou as mãos ao rosto, cobrindo-o e sentiu as lágrimas tocarem-na. Chorava.
- Por quê? Por que estou chorando... Será que eu fiz a coisa errada?
Ou então...
Então, uma gota toca os seus cabelos. Depois outra, mais uma e até que ela percebeu a chuva.
Chuva caindo e a dúvida indo embora.
- Sim... Fiz sim. Agora percebi. Tenho que confiar em mim mesma. Sei que conseguirei o que quero. Não preciso mais dele. Só de mim.
Enxugou as lágrimas com as mãos e voltou a se molhar. Agora, só com chuva para lavar sua alma e começar tudo.
Agora, como sempre quis. Só para ela!
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