quinta-feira, 25 de setembro de 2008

diálogo 1

Diálogo I

- Ei, você me ama?
- Como?
- Perguntei se você me ama.
- Claro que amo.
- Por quê?
- Ué, porque sim.
- Ah, isso não é uma resposta.
- Bem... Porque eu gosto de você.
- Só por isso?
- Ah, o que é isso tudo agora?
- É que eu estava pensando...
- Em quê?
- No amor...
- Mas eu te amo, amor.
- Eu sei, não pensei o contrário, só pensei em como é amar.
- Como assim?
- Não sei... É que eu queria saber de que forma começamos a amar.
- Bem... Não sei como explicar, só sei que é algo que sinto...
- Sério mesmo?
- Sim.
- E o quanto isso dura?
- Isso eu já não sei responder, só posso te falar para aproveitar...
- ah, acho que isso basta...

As duas dão as mãos e continuam a caminhar.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

última parte

Mito da morte

Com um impasse criado
O homem declara:
Nem tu, deus, impedirá meu caminho.
E em um movimento
Deus, o ser que não existia
Voltou a não existir.

E o homem se virou para o anjo:
Você também irá para o vazio.
Mas o anjo proclama:
Não! não deixareis
Tu roubar minha liberdade!!!

O anjo enfiou a mão em seu peito
E retirou seu coração,
Esmagou-o e transformou-o em pó.

Lançou ao vento, proclamando:
Morrerei, mas meus sentimentos serão eternos!!!
E o corpo inerte do anjo cai, agonizante ao chão.
O homem furioso, grita, esbraveja e amaldiçoa o anjo.

O homem passa a viver sobre a terra,
Mas, agora, tendo que conviver
Com todos os sentimentos do anjo
E com o maior de todos.
O amor.

Tornou-se a maior maldição do homem.
Aprender a viver com o amor.

"Essa foi a última poesia desse arco. Espero que tenham gostado. Vou demorar um pouco até a próxima publicação, pois ainda estou escrevendo um texto para colocar aqui."

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

parte 5

Mito do ódio e da misericórdia

O anjo passou a viver só
Na montanha.
E o ano passou....
Mas a tragédia só sentou-se
Para descansar.

O Homem não tolerava o anjo.
Só de saber que ele ainda
Habitava a SUA terra
Sentia um ódio crescer...
E partiu para dar um fim naquilo.

O anjo passou o ano "vivendo"
Triste, solitário... sem nenhum amor...
Apenas tentando... viver a liberdade
Que tanto lutou para consegui-la.
E sobreviveu...

Um dia, o homem chegou
Até a montanha onde o anjo habitava.
E declarou: Odeio-te, ser repugnante!!!
Far-te-ei sumir de MINHA terra!!!
E avançou para cima do anjo.

E um lampejo atravessou o céu.
O ser que não existia, deus,
Impediu o caminho do homem,
Declarando: Não faças isto.
Sê puro. como te aconselhei!
E o homem fala:
Ninguém atravessa meu caminho.

E a maldição continua.

domingo, 21 de setembro de 2008

parte 4

Mito da convivência

O ser que não existia
Repudiou a atitude do anjo
E proclamou: vá te daqui!
Não preciso de escravo inútil!
E virou-se e nunca mais olho para o anjo.

O anjo desceu até a terra.
E passou a viver ao lado do homem.
Ou pelo menos tentou.

O homem não gostava da presença
Do anjo, para ele, era repugnante.
Sempre preconceituoso.
Odiava qualquer coisa diferente dele.
Então, odiou o anjo.

Sem o que fazer, o anjo parou
De tentar conviver com o homem.
Triste e sozinho, subiu
A montanha mais alto da terra.

E o anjo passou a viver
No cume da maior montanha...
Sozinho... sofrendo... chorando...

E a maldição continuou.

sábado, 20 de setembro de 2008

parte 3

Mito da liberdade

Ele se movia nas sombras...
Igual a como se sentia.
Nas sombras.

O pensamento também
Foi uma dádiva que ganhou...
Pensou... pensou... pensou...
E culpou o ser que não existia
Pelo sofrimento...

O ser que não existia era
Que nunca lhe dera atenção.
E o anjo toda.
Tudo culpa dele
Do ser chamado deus pelos homens!

O anjo passou a gritar para os céus
Com todo seu vigor:
Não sou mais teu fantoche, ó manipulador profano!
Viverei minha liberdade!

E o anjo apanha sua espada
E corta suas correntes.
Cortando suas asas e
Espirrando o sangue pútrido do serviçal.

Então, o anjo desce a terra para viver.
E a maldição continua.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

parte2

Mito dos sentimentos

O anjo sentiu um
Aperto no coração.
Sempre serviu, igual a um
Escravo, nunca esperando
Qualquer coisa...

O anjo ao mesmo tempo que
Descobre o sentir, descobre a
Transformação dele. Sente inveja.
Invejava o homem.

O homem conseguiu tudo, com a sua arrogância
E prepotência, que o anjo queria.
A simples demonstração de existência.
E novamente ocorre a transformação.

Ódio. O sentimento primordial.
Ele aprendeu a senti-lo.
Tudo por causa do homem.
O maldito profanador.

E, então, o anjo perdeu a sua grandiosa luz.
Suas roupas ficaram negras.
Seus cabelos negros.
E seus olhos furiosos.

E a maldição continuou.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

novo arco

"Começarei um novo arco de poesias bem interessantes. Não sei se consiguirei manter uma regularidade nas postagem, pois as idéias ainda estão saindo devagar de dentro de mim."

Uma mitologia do nascimento

bum!
E ele nasceu,
Uma figura bela, formosa,
Cheia de luz. Com asas volumosas e
Cheia de penas.

Ele não tinha um nome.
Nunca precisou disso.
Ele não sabia o por quê.
Não sabia pensar.
Só vivia em função de
Um ser que não existia.
E sentir? Não, nunca aprendeu.

Bum!
E um outro ser nasce.
Esse não era belo, nem maravilhoso
Era rude. Egoísta.
Cheio de pensamentos e sentimentos.
E declarou-se: Sou homem.

O homem virou para
O ser que não existia e
Declarou: Tu és Deus.
E por fim virou para
O ser alado maravilhoso e
Declarou: E tu és anjo.

Deus se apegou a seu criador.
E ele, o anjo, sentiu um dor no peito
Que nunca sentiu antes.
Era o sentimento de abandono.
E a maldição iniciou-se.

sábado, 13 de setembro de 2008

sábado

Mudança

Eu vou contar
Sobre coisas que
Eu quero falar.

Chega de amor...
Não ganho nada
Com ele perto.
Somente doces ilusões.

Quero saber,
Na verdade,
Quem sou.
Buscar a
Minha verdade.

E quem sabe
Viro um poeta.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

sexta

Eu e você

Eu vou...
Adoraria ir.
Mas não consigo...

Nada faz sentido
Porque os acontecimentos
São contraditórios.

Eu falando, você virando a cara.
Eu beijando, você batendo.
Eu sorrindo, você chorando.
Eu sofrendo, você amando.
Eu chorando e você....

Não acredito no que vejo...
Limpos meus olhos
E vejo apenas...
Seus olhos molhados...

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Por dentro...

Sabendo disso...
Sinto algo bastante estranho.
Essa indecisão...
Parace ácido, corroendo-me por dentro.

Sinto-me aprisionado,
Pelo fato de amar...
Mas o que é esse amor...
Se não algo que eu criei
Para me confortar.

Isso me corrói.
O maldito amor.
Que não me trás alegria.
Mas, também, não me deixa
Morrer rápido.

E assim...
Amando tento viver...
Até a hora de eu conseguir abandoná-lo
Ou abraçá-lo.

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Dúvida

Tento admitir
A culpa que sinto
De não conseguir
Falar.

Devo, agora, imaginar,
Pensar melhor e, finalmente,
perguntar-me:
Será que devo desistir
E apenas esquecer...

Entretanto, ouço chamarem-me de
Corajoso quando, na verdade,
Não passo de um covarde
Com medo de falar
E arrepender-me
Da sua resposta...

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

para bruna

" Hoje, no colégio, a bruninha pediu-me uma poesia também. Acho que estava com ciúmes. hahahhahahaha. Ai está."

Criação


Várias vezes penso no que dizer
Só que ao pensar
Esquece o que falar
E, assim, ninguém sabe
O que penso.

O homem sem se expressar
Não é nada.
Ele necessita que alguém o note
O ouça e o entenda.

E, então, movido de tanta criatividade
Criou o amor...
Então, virou escravo
De sua criação...

sábado, 6 de setembro de 2008

fim do arco

Ela, especial
parte 6: epílogo

Meu...
E assim passa, com uma
Leve brisa de verão.

Mas o que importa, é
Somente isso.
Ela é especial, só
Especial.

E depois de tanto filosofar
Vejo só que o importante
É acordar.

E olhar para minha vida
E também ver.
Ela é especial.
Como minha vida.
Só resta ela perceber isso
E sorrir para mim.

E tal fim...
Não é o fim...
Pois agora é só
O grande começo.

"Está foi a última parte da poesia para minha grande amiga daniele. Espero que ela tenha gostado. Até segunda-feira com mais um texto."

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

parte cinco

Ela, especial
parte 5: distância

Sinto-me, agora, esquecido
Tão perto de você.
Mas tão longe...

Meu peito aberto para você
E você, cega, sem querer
Fere meu coração, inocentemente.

E como quem não quer nada
Tento falar o que sinto
Só para você...

E de tão distante que é
A nossa proximidade.
Você acaba não escutando
Meu clamor.
Meu desejo.
Meu desespero.
Meu...

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

parte quatro

Ela, especial
parte 4: contemplação

Não importa o quanto
Escreva, não acabam
Os versos que existem
Em sua memória.

Torna-se sufocante
Tal situação,
Quanto mais observo,
Mais quero.

E, na verdade, quero
Uma grande amizade
Tão forte quanto corrente
De aço negro.

Ou, então, eu apenas
Esteja mentindo
Esperando mais!

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

parte três

Ela, especial
parte 3: eu?

E eu? e eu? e eu?
Ecoando na minha mente
Martelando na minha cabeça
Sem parar... sem parar...

E misto de sensações
Domina-me e a cada dia
Mais confuso fico,
Só tentando entender-me
Chegando a pensar que
Enlouqueci.

Mas, acabo gostando da
Loucura, e agarro-me
Fortemente nessas
Sensações.

Infelizmente, a razão
Apodera-se por breve
Instante e chego
A pensar:
Será o beijo que
Me acalmará?

terça-feira, 2 de setembro de 2008

parte dois

Ela, especial
parte 2: ela.

Era assustador como
Nos parecíamos.
Algo surreal. eu mesmo que
Não acreditava em destino
Ficava estupefato.

Seu olhar sedutor,
Uma hora opaco,
Como o negro metal,
Uma hora brilhante,
Como a noite estrelada,
Seu misto a tornava
Maravilhosa.

O modo de andar,
De agir, De sentir,
De falar, começava
A admirar cada vez mais
E gritar, por dentro,
Mais e mais.

E cansar-me-ei
De tanto escrever
Sobre ela, pois palavras
Não faltam.

Então, meu interior
Questiona: e Eu?

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

início do arco

"A partir dessas postagem será um arco de poesias que fiz para minha amiga, a daniele, em seu pedido. Espero que gostem."

Ela, especial
Parte 1: prólogo

Meio que ao acaso,
Um golpe do destino,
Fez-nos encontrar.
Mas não acredito em
Destino, por isso
Só posso ficar
Feliz, por ter
Te encontrado.

No início, estranhei.
Era muito engraçada,
Chegava a ser muito
Moleca.
E, então, transformou-se em
Algo especial
Para mim.
E a vida continuou.