domingo, 20 de dezembro de 2009

Capítulo IV


Dois dias depois, outra madrugada. O bar estava com aquele ambiente típico. O homem voltara, só que desta vez sozinho. Faz o mesmo caminho de antes e as mesmas coisas. Sentado em frente ao balcão e cigarros sobre ele.

- Não disse que voltava.
- É, voltou mesmo. - respondeu a garçonete - o que vai quer?
- Cerveja, é...?
- É?
- Seu nome.
- Ah, Vanessa.
- Prazer, Ash.

Vanessa logo trás a cerveja pedida e recebe um simples valeu e um convite para jogar conversa fora. Como o movimento de madrugada sempre é fraco, ela aceita. Mas claro que passou pela cabeça dela todos aqueles olhares de dois dias atrás, que a ajudara mais na escolha.

Conversa vai, conversa vem. Algumas tantas cervejas. Alguns gracejos dali, outros risinhos daqui e a cena já era da moça sentada ao lado dele no bar, bebendo e com ele só restavam três cigarros.

- Mas e aquela mulher que tava com você, sua namorada?
- Não, apenas uma amiga carente.
- Nossa, é tão atencioso com as amigas assim?
- Ha ha... E você nem sabe o quanto sou com as que estou interessadas. - E solta um sorriso de canto de boca.

domingo, 6 de dezembro de 2009

Capítulo III

Nota: Se possível, ler ao som de "Let me put my love into you" do AC/DC.


A moça não esperava aquela reação e ficara surpresa. Já levara cantadas antes, mas não como naquela situação. Logo volta ao normal e vai receber o dinheiro dos caminhoneiros que partiam.

Os minutos vão passando, mais algumas cervejas e duas doses de martini. O casal divertir-se-ia trocando carícias e beijos. O homem até colocou um clássico rock'n'roll no Jukebox do bar para tornar o ambiente mais agradável para ele.

A garçonete apenas observava a cena e servia-os, mas sempre o rapaz trocava olhares mais demorados com a moça ou lançava-lhe alguns beijinhos ou sorrisos de canto de boca sem que a acompanhante notasse. A atendente já estava bastante sem graça com a situação, mas gostando um pouco de tudo que ele fazia.

Até que tudo termina e o casal sai depois de pagar, só que o rapaz volta.

- Esqueci os cigarros. - Fala, pegando-os em cima do balcão e continuava, só que com uma voz mais baixa e rouca. - Adorei o serviço. Voltarei mais.

E sai com um cigarro acesso na boca, baforando.